ESTUDO DA DIVERSIDADE ANIMAL NA ZONA ENTREMARÉS DE UMA PRAIA ROCHOSA (= COSTÃO)

INTRODUÇÃO

Para o estudante de biologia, morar nas proximidades do mar é um privilégio. Isto porque costões rochosos oferecem oportunidade ímpar para uma imersão inicial no estudo da biodiversidade. Na disciplina Zoologia I, as visitas têm sido feitas à praia da Pituba, já há vários anos, o que nos permitiu organizar uma Coleção de Referência da área. Deste modo, os animais são observados no campo, poucos são coletados para uma melhor observação, e menos ainda são transportados para o laboratório, seja para enriquecer as coleções ou para serem mantidos vivos, estes com vista à utilização em aula prática.

É importante ressaltar o valor das coleções, sejam científicas ou de referências, pois além de serem testemunhos do estado de uma dada área, contém inestimáveis informações de valor científico, podendo até servir, no futuro para estudos em Sistemática mais aprofundada e permitindo assim publicações sobre a nossa ainda tão pouco conhecida fauna costeira.

A seguir damos as orientações para que as aulas de campo e complementação em laboratório, sejam aproveitadas ao máximo.

OBJETIVOS:

1- Ampliar os conhecimentos do aluno sobre as ocorrências de animais na zona das marés, em uma praia de Salvador.

2- Observar as eventuais relações entre animal/ planta, animal/animal, organismos/ ambiente.

3- Apreciar a variedade de formas do local e utilidade de um sistema de classificação e nomenclatura.

MATERIAL DE ESTUDO

MATERIAL DE APOIO

Para o campo

pinças bandejas
espátulas sacos plásticos
facas prancheta
martelo frascos c/tampa plástica
baldes papel e lápis
bacias Chaves para identificação de Metazoários
camburão Guia para observações no campo

Para o laboratório

PROCEDIMENTO

1. PRÉ-REQUISITO:

- Leitura sobre a caracterização dos ambientes marinhos, bem como de ambientes estuarinos e manguezais ( Peixinho, S./ Brazil & Silva)

2. NO CAMPO:

PORIFERA: forma (incrustante, maciça, ramosa, cilíndrica, tubiforme, vasiforme,etc.); cor ( externa e interna); consistência ( dura, elástica, compressível, quebradiça,etc.); presença de muco.

Observação: para melhor apreciação dos caracteres e avaliação da biodiversidade da área, é preferível coletar algumas esponjas com o próprio substarto, deste modo não serão prejudicadas ao serem devolvidas ao mar.

CNIDARIA: forma, hábito (colonial, solitário, gregário) e cor

3. EM LABORATÓRIO :

Na hipótese de terem sido coletados exemplares adicionais para as coleções, estes deverão ser triados, anestesiados, quando necessário, fixados e posteriormente transferidos para o conservantes.

Sempre que possível, coloque os animais da mesma espécie em frascos independentes e após a fixação e aconcidionamento dos animais, faça uma etiqueta escrita à lápis e coloque-a dentro do frasco. Esta deverá conter, no mínimo o seguinte:

Após a transferência para o líquido conservador e a identificação do animal, trocar a etiqueta antiga, por outra escrita a nanquim, em papel vegetal, contendo os seguintes dados:

Complemente seu estudo de biodiversidade em uma praia rochosa, apreciando a Coleção de Referência da Praia da Pituba: com seus táxons identificados, codificação e eventualmente os caracteres morfológicos externos de animais não observadas no campo.

BIBLIOGRAFIA INDICADA

Brazil, T.K.; Silva, L. Ambientes Estuarinos e Manguezais. In: Vida: Diversidade e Unidade. Peixinho, S. & Rocha, P. (Eds.).URL: http://www.ufba.br/~qualibio. 1998.

Peixinho, S. Ambientes Marinhos In: Vida: Diversidade e Unidade. Peixinho, S. & Rocha, P. (Eds.).URL: http://www.ufba.br/~qualibio. 1998.

Ruppert, E. E.; Barnes, R.D. Zoologia dos Invertebrados. 6 ed. São Paulo: Ed. Roca. 1996. 1028p.


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